PLATAFORMA PRO-CACIQUE

Nós, o povo trabalhador de Boiro, reunido em comuna, queremos façer o seguinte manifesto:

Logo de ver o ataque sem escrúpulos e sem motivos que está sufrindo o nosso chefe, o magnánimo, ilustríssimo, distinguido e interesantíssimo Al-Onso I de Bodiom, imos constituir umha plataforma desorganiçada (pois se está organiçada atentaria contra os nossos princípios anárquicos) para defender sem complexos a nossa DIGNIDADE A SER COMO SOMOS E A MANDAR COMO MANDAMOS. POR ISSO MANIFESTAMOS QUE SI, QUEREMOS CACIQUES PARA TOD@S.

Em base aos nossos principios de organizaçom e acçom convocamos a todo o mundo a esta assembleia constitutiva que se desintegrará automaticamente no dia de hoje despois de que acordemos que o que acordemos será vinculante ou nom.

A ver, o manifesto, por favor: -Ah, si,....respeitarás a quem che dá de comer, aínda que mexe por ti. Nom, nom,....esta proposta nom foi aprovada. A ver: esta, esta, si: -qualquer pessoa poderá fazer ou dizir o que queira, sempre que o diga bem alto e claro, sem complexos, sem loubanças e sem flores.

A partir de agora o nosso lema será: -Fuera filósofos y pintantes. Viva la economía. Viva la especulación!! (presentase o lema em espanhol por ser um idioma menos vulgar e com mais força e aceptaçom entre os nossos membros).

Está terminantemente prohibido comer mexilhom que nom fosse antes convenientemente enlatado. Atençom, um aviso: o mexilhom da ria tem umha toxina altamente contaminante, por isso, a nossa comissom-controladora-cientifico-sanitaria-nom-politizada vigiará a correcta comercializaçom (perdom, implantaçom, que nom se note que os cobramos) do vivalvo chileno mais conhecido como Mytilus diarreicus palurdus.

E último: -a partir de agora a canle para discutirmos qualquer coisa importante será La Coz de Galicia, secçom opiom. A secçom Barbança estará reservada em exclussiva ao nosso cacique maior.

Ah, por certo, recorda que tod@s temos direito a aspirar ao posto de cacique maior, pero concordamos que hai pessoas que tenhem mais méritos que outras, por exemplo, aqueles que sejam escolhidos pola “dedocracia”. Estes dedócratas poderám falar sem ir á assembleia, e enviarám mensageiros com as suas opinions para que as tenhamos em conta.

Venha, desconvoca-se a assembleia. Chao!

Novo thriller: Terror en Jealsa

Do director de “Se nom o entendes explico-cho eu”. Despois do grande êxito de “Eleiçons perdidas, merda, nom puidemos comprar a ninguém” e “Quero ir na lista, fazedes-me caso?”

JESUS ALONSO FERNÁNDEZ

presenta

TERROR EN JEALSA (o en su salsa)

SINOPSE

Em 2010 numha tranqüila ceia de operários um homem toma o control das mentes das classes trabalhadoras cumha máquina que manipula a consciência das pessoas. Mentres as massas engulem sem vergonha mexilhons ao vapor, gambas com chuvasqueiro, anaquinhos de presunto com queijo da Arçua (ummmmm) e demais delicatessems, estám sendo radiados com um aparelho infernal que manipula os seus pensamentos (com tantos manjares diante quem nom se deixa!).

O cruel maquinador, o empresário-chefe-controlador-do-aparelho, introduze as consignas que a partir de agora se repetirám nas suas mentes cada dia: Bipartitos nom, que me arruinam; Obedece ao pailám de Dieste, Fora filósofos e pintantes......

O que o empresário nom sabe é que hai um pequeno grupo de pessoas que resiste as ondas por quedar durmindo á quentura do cozedeiro despois de comer umhas latas de comida para peixe, e que á postre servirám de antídoto contra as radiaçons.

A trama será umha continuo ir de vir de emoçons no que o empresário empeça a desconfiar por se ir truncado um a um os seus planos de conquista. Frente a ele os operários que intentarám recuperar as conciências do resto dos trabalhadores dando-lhes de comer na boca a comida para os peixes.

QUE NOM CHO CONTEM, VAI TI MESM@ A VÊ-LO A JEALSA (Mira que contento sae o nosso director na foto)

Continuará......

A festa da juventude

Todo deve ser cousa de moda, e dum tempo para aqui a moda nas festas e fazê-las no inverno e chamar-lhes festa da juventude. Só com isso o êxito está garantido porque com muito menos esforço e muitos menos cartinhos se organiza todo, e cumhas orquestazaaaassss, que non vejas, que a ver quem as traia no verám!

Antes, recordo, só havia as festas do verám e as das paparotas. As do verám cada vez menos gente as quer organizar porque dam muito trabalho, som caríssimas e, ainda por riba, @s vizinh@s sempre che estám a criticar: que se este ano nom valerom para nada, que a ver que se fai com todos os cartos que se recadam que já sei eu que algum da comisión os meteu no peto, a ver por que nom houvo coro na igreja e por que nom bailarom @s rapazes do povo, ainda em Tapeiram as fam melhores...., e claro, isso desgasta e a ver quem é o guapo que se atreve a colhe-las!

As festas de paparotas seguem em voga, porque comer gosta-nos a todos, e se é gratis mais, pero a verdade é que já nom se fam tantas como havia. Aiiii aquelas festas do mexilhom (por certo, que anda renqueante), do vinho, da empanada, dos ovos fritos com chouriço, da aguardente,..., tínhamos todos os produtos metidos no calendário, -só nos faltava a festa do oigurte de yoplay e a da jominola!

Pero as cousas sonche assim e, como Galiza é país de festas, e nom fai falha excusa para "botar um foguete" inventamos esta moda das festas da juventude, que de seguro, se há exportar a fóra.

Vivam as festas da juventude: a de Taragonha, a de Egipto, a de Aguinho e a de Ribeira......Vivam até que se acabem!

-Queremos mais vinho!!

P.S. Por certo, por que lhe chamarám festa da juventude quando tampouco falta um velho?

Grumir, grumir, grumiiiiir

Som nenos-que-valem-para-todo, os nosos Grumir. Sempre aparecem quando som precissos, muitas vezes incluso antes que certos corpos "oficiais" e, desde logo, muitas mais vezes com mais efectividade.

Os nenos-que-valem-para todo apagam lumes, dirigem o tráfico, colam cartazes, prestam auxilios,...Som umha macedónia de profisons: bombeiros, polícia, cruz vermelha, voluntariado e, se me descoido, fontaneiros, carpinteiros e mestres. Ademais disso estám em todas partes. Devem ter o dom da ubicuidade porque com só 3 pessoas em Boiro, 3 em Ribeira e outros 3 em Noia (aparte os voluntários, claro) cubrem as necessidades da nossa pequena península. Seguramente nom haja nos concelhos umha brigada tam efectiva em termos gerais!

Tanto é o seu trabalho que som os seus chefes, os alcaides, os que querem garantir a existência do corpo e reclamam-lhe à Junta cartinhos para manter o serviço, pois todos os regedores estám de acordo na sua continuidade e querem dar-lhes estabilidade a esta gente.

Que sigam trabalhando assim por muito tempo. Vivam @s laranjinh@s!!

Odiada árvore

Odiada árvore. Puidera ser esse o título do passado 17 de março, pois nestes tempos de fussons e crise devemos aforrar espaços, e incluso sentimentos.

Sem pena nem glória passou o dia da árvore na nossa comarca, sem apenas actos nem conmemoraçons, nem sequera declaraçons das nossas instituiçons, cousa rara. Só o jornal registrou a notícia dumha pequena plantaçom feita por nen@s no parque de Corrubedo. Felicito-@s pola iniciativa, está mui bem, pero nom abonda. Isto nom só é cousa de nen@s!

Recordo um tempo no que quando me pediam um favor me diziam: -venha homem, tamém hás ir à festa da árvore!, quando nom havia tal. Pois agora igual! Que prantar umha árvore nom seja umha excusa, um rito, senom um recordatório: Somos a espécie mais depredadora de toda a história do planeta. Aniquilamos todo aquilo que comemos e todo aquilo que nom comemos tamém. Somos o único animal que nom se adapta à natureza senom que fazemos que ela se adapte a nós. E pensamos que si, pero nom a controlamos. Na nossa mente nom está reconstruir, restaurar, recuperar, refazer... senom destruir.

Temos muito que cambiar, pero eu só pido um pouco de sensibilidade, um pouco de consciência.

Circuito em Cabo já!

Este sábado, 13 de março, um grupo de manifestantes -70 perssoas e 1 cam segundo o dedómetro, e 1 cam e 10.000 pessoas segundo os organizadores- (o único certo é que houvo um cam) desfilarom desde Barranha até a praça do concelho cumha pancarta: SEGURIDADE SI, ILLAMENTO NON. NON ÓS PASOS ELEVADOS. Os manifestantes ficarom abraiados com o lema, pois pensavam que iam a umha manifa para reclamar um CIRCUITO DE VELOCIDADE para o Barbança e resultou que os convocaram para outra coisa! Pero, já postos, e como o asunto é que haja festa, percorrerom o caminho con alegres cánticos.

Abraiados tamém ficaram @s vizinh@s de Boiro, pois nom sabiam que o concelho estava fazendo um canal para ilhar Boiro de Cabo, e o que é mais estranho ainda, nom sabiam que a gente de Cabo de Cruz estava em contra!

Pero, a pesar dos pesares, a manifestaçom mais concorrida dos últimos tempos foi um êxito polo respaldo de conhecidas figuras do motor: Carlitos o "Fitipaldi" de Goians, José Piruetas "Schumacher", Quinsinho "Chave inglesa", e mais expertos do volante. Todos eles famosos polo control das suas freadas em seco, adiantamentos múltiples...e, de vez em quando, "espichadas" e demais saidas de via. Tamém assistiu o famoso manager-playboy-e-construtor Papa Velo, alias o Velo-ci-raptor, pola sua habilidade na pesca do voto cabreado. E os de Casa PePe anunciaram o seu apoio pero ficarom a sobar as sabas, que é mais produtivo.

Desde Terra Barbança solidarizamo-nos com os motoristas e demandamos, para já, mais seguridade, mais polícia nas estradas, radares cada 50 metros e umha normativa específica para os peons, que diga assim:

-o peom deve circular com casco pola rua.
-o peom tocará a buguina antes de atravessar a estrada.
-o peom portará um chaleque refectante que diga "coidado, som um perigo" .

Ahh, e sobre o ilhamento de Cabo, se os do concelho querem fazer um canal que o cavem os políticos!!! -já veredes como queda em nada!! (-siii senhor Velo, você tamén tem que cavar!!).

Mi madrinha, em que mundo vivemos, sempre em contra de todo!

P.S. Na foto pode-se observar o único cam-piloto assistente.

Arçua em festas

Que simpático é o cartaz da Festa do Queixo. Só por isso merece a pena ir a umha das festas mais consolidadas do nosso país. Vou propor-lhe à nossa mancomunidade um irmandamento com a comarca da Montanha, porque tantas vezes se fam com outros povos que nos esquençemos do que temos na casa. Viva o queijo Arçua-Ulhoa, viva a boa música do país!!

Aqui vos deixo com Anxo Lorenzo, umha das nossas melhores gaitas, E QUE ESTARÁ EM ARÇUA ESTE DOMINGO.

Frijolito leva um ano

Albertito Frijolito leva um ano às rendas da Junta. O cámbio empeça a notar-se. Até "La Voz" (de su amo) critica a inoperáncia dos 009, nom em quanto a promessas, que figerom muitas (e mui boas segundo @s votantes), senom mais bem por lacazaneria. Por isso nós fazemos a seguinte interpretaçom da notícia de "La Voz":

1. No Barbança todo segue como estava. Manolito Ruiz, como aqui nom tínhamos carros oficiais, preocupáva-se de reclamar para a nossa autovia mais velocidade e dupla bionda, e isto um dia si e outro tamém. Pero agora que passou o ano está calado e reza para que o Rodríguez Miranda nom figesse visita à comarca para cobrar as dietas do parlamento.

2. Já se empeça a ver a merda flotando pola ria, pois como sabedes os detritus som o principal alimento do mexilhom, e todo porque a depuradora que o bipartito previa para 80.000 habitantes reduziu-se agora para 40.000, e ainda non se sabe quando a iniciarám. De momento nós já buscamos umha soluçom para contaminar menos: que cada pessoa compre um tapom para por no cu, e assi uns ponhemo-lo os dias pares e os outros os impares.

3. A casinhas do porto de Rianjo continuam à espera. Pedrinho Pinheiro "o Demoledor" está ansioso por derribá-las, pero na Junta nom lhe deixam. E assim nom hai quem poida porque prometem e prometem obras para Rianjo, pero como andam estirados nom soltam um pataco (Aiii, o barbas muito passeara na campanha, pero agora hosti...ass!)

4. Para que nom se diga que nom se sabe se @s conselheir@s sobem ou baixam colocarom o ascensor do Centro de Dia de Ribeira, que boa falta fazia, pero olvidarom-se de fazer as portas da entrada, por isso segue fechado.

5. Os diminuidos da comarca terám que ir em cadeira de rodas a fazer as consultas ao hospital da Barbança porque a conselheira de sanidade lhes dixo que assim aforravam na rehabilitaçom. -Ah, e nada de mais camas: durmir ao ar livre que é bom para a saude!

6. O macropolígono industrial vai-se converter num mega-hipódromo-natural para os cavalos da Curota, porque se demostrou que geram mais postos de trabalho que muitas empresas, e ademais estercam as plantaçons de eucaliptos. A única actuaçom salientável foi a plantaçom complementária de árvores ornamentais, conhecidos como "toxos communis".

7. A austeridade para os deputados e os superdelegados consistiu em suprimir-lhes as dietas de despraçamento e regalar-lhes os audis de Tourinho, porque nom os dam vendido. Queda expressamente prohibido desplazar-se em feijoneta (que hai que dar boa imagem!).

8. E finalmente, oito: -del gallego ni hablar, pero ni en la escuela ni en la gallina-escuela, ni en la bilingüela.

Aiii, Feijoo, pero que mangueira tés!!!

No PP andam quentes

Quem o ia dizer, Jesús Alonso, o todopoderoso senhor de Boiro, postula-se novamente para postos políticos. O honorável ex-alcaide, aos seus 80 anos, volve para ajudar a recuperar a alcaldia que ele mesmo perdera no 2003. Nom sabemos como BNG e PSOE recolherám a notícia, pero vistas já as declaraçons do PP, tanto por J. José Dieste (porta-voz do PP de Boiro) como por Manolo Ruiz (boss, com permisso de Torres ,do PP comarcal), eu anticipo que esta notícia vai deixar contentos a todos.

Tanto Dieste como Ruiz acolherom a notícia com alegria, ainda que declararom que faltava tempo ainda para a elaboraçom da candidatura e que já se verá (o que em barbançom quer dizer: -queeeeee, que volve o velho??!!!, está tolo!!!, vai-nos a escaghalhar o petate!). Quer isto dizer que terám que falar com o Alonso, e intentar convencê-lo de que nom vaia na candidatura, para que nom passe como na última das suas ocurrências, quando apadrinhara ao Luís Blanco Vila como candidato, aquel "mozote" que se vinhera jubilar a Boiro, e que finalmente fora cambiado a um mês das eleiçons pola base do PP porque as enquisas lhe dabam umha derrota estrepitosa.

Certamente, o José Deira, que é o principal rival a bater, deve estar resfregando as mans com este panorama (hai lio no PP, andam quentes!!).

Desde logo as comparanças do Alonso seguem a ser antológicas ponhendo de exemplo a Póvoa como modelo a seguir. Haveria que contar quantas pessoas dali vinherom a viver a Boiro , porque precissamente na Póvoa postos de trabalho hai os de sempre, nom contam com centros de dia, nem guardarias, nem clubes desportivos, quase,....Isso si, é mui bonita no verám (dizem-no os veraneantes), pero @s nascid@s ali marcham a viver a Boiro ou a Ribeira. Desde que o PP governa na Póvoa o censo de habitantes nom fai mais que descender, e o de Boiro a subir, e a subir....

Pero ainda me intriga umha coisa: E no hipotético caso (irreal caso, diria eu) de que o PP conseguisse os 10 concelheiros para o Alonso saisse, que concelharia levaria o nosso amigo? Alguém vê ao ex-alcaide recibindo as ordes do seu empregado? Ha, ha, ha,...quanto me divirte a política!

A senhora Maria

Nom me atrevo a falar despois de escoitar à senhora Maria. Permita-me o autor do vídeo, o companheiro Tonho Chouza, reproduzir umha obra que nom é sua senom que é património de tod@s: Maria, queremos-te!

Lunáticos de Ribeira preparam um encontro esotérico esta fim de semana

Tenho que me confessar intrigada por este acontecemento. Eu, mestra do obscuro, senhora do mal, grande conhecedora das artes ocultas..., e desconhecia que havia gente em Ribeira tam prôxima a mim, - e com a que nom tinha contacto telepático!

Pois augúro-lhe um grande éxito aos lunáticos porque a ciência do esotérico e do paranormal desperta grande curiosidade, sobretodo entre @s mortais.

E, como o tempo de entrudo já acabou e o Halloween vai alá non nos quedará outra que assistir a ver que podemos aprender! Por certo, e como dizem no seu blog: Ribeira, por fim primeira em algo! (parece que o dixera um de Aguinho).

Bem, a temática real do acto podedes vê-la em: http://jornadamisteriobarbanza.blogspot.com/

Quico Cadaval

Quico Cadaval, contador de histórias, artista e dramaturgo, ... , o mestre dos contadores.

Hai tempo que lhe perdi a pista a Quico, desde as minhas suaves noites de troula compostelana onde, de vez em quando, o via fazer algumha contada. Introduziu-me em ele (em sentido figurado) um companheiro que tamém fazia monólogos. Um dia que passávamos pola alameda e o Quico atravessava a rua o meu companheiro dixo-me: atende, esse que vai aí é o melhor contacontos da Galiza. Despois enterei-me que era de Ribeira.

Ver a Quico impressiona: alto, de anteolhos grossos, barba e pelo canossos, vestido de vagabundo, dessarranjado (ou com essa apariência quando menos). Vê-lo actuar impressiona: nunca sabes por onde vai sair. Tenho que dizer que desde que estuvo em Operação Triunfo o seu aspecto melhorou um pouco (e suponho que a sua economia tamém). As suas contadas seguem sendo antológicas: os bichicomas da praia, os guisos da sua nai, o complexo de Edipo, A Cantaruxa, os corunhos, .......e sempre recolhendo, .......e sempre inventando....

Quico, ribeirense, filho dumha taberneira carreirana, vive do conto, e abofé que o fai bem!

SDR Rias Baixas

Mércores. Som as 11:30 da noite. Desde o bar no que estou vendo o partido vejo chegar um furgom vermelho, é o furgom do clube de remo (de Cabo da Cruz) que trae ás rapazas de adestrar. Venhem com ganhas, ainda, e nom se lhes nota o cansanço. Se lhes perguntas contestan-che rapidamente que venhem de Vigo, ao tempo que apuram o passo para chegar à casa, cear e deitar-se. Algumhas estudam, outras terám que madrugar para ir choiar, e outras...quem sabe das suas vidas.

Nunca entendi o remo como desporte, e é mais, nunca entendi que lhe vê umha mulher ao remo como desporte: adestras como um túzaro todo o ano para competir dous meses do verám. Mais parece um castigo que umha competición. Pero às rapazas do clube Rias Baixas nom lhes importa, disfrutam do que fam. Saem ao mar chova, vente ou faga calor, e ao dia seguinte volta a empeçar com a rotina. Som umhas campionas!

Pois agora mesmo andam com dificuldades, que o vim eu na prensa. Resulta que nom podem competir em igualdade de condiçons que o resto dos clubes porque mentres as vascas vám em bólidos as nossas remam em carruagens do século passado. Bem, já nom competiam antes porque a trainheira que tenhem é prestada, o furgom deixam-lho, os remos estám mirando de os alugar de fibra porque pesam menos, e o orçamento que manejam, que nom chega para todo, escasamente cubre os gastos das competiçons. É isso que som as campionas da Kontxa e de todo ao que se presentam!

Muito ánimo às nossas remeiras, às de Boiro, às de Cangas e às de Vigo, que em Rias Baixas formam a melhor trainheira de todo o estado!

Com esta tripulaçom tamém me metia eu ao mar!

55 mentiras

55 som muitas mentiras para nom ser verdade.

A plataforma Pro Lingua vai fazer um acto em Ribeira para apresentar o livro "55 mentiras sobre a lingua galega". Eu, sem o ver, já penso em merca-lo, porque me intriga, porque, -e tenho que o dizer-, gosto do tema lingüístico e me preocupa. De nom ser assim, de nom me preocupar, estaria reconhecendo que nom hai um problema co galego, que a sua situaçom é boa (melhor ca nunca dirám alguns!), e que já poderemos morrer tranqüilos porque o nosso legado pervivirá durante séculos. Pero tod@s sabemos que nom é verdade, que a saude do galego é delicada e, por isso, se me antolha que 55 mentiras sobre o galego som POUCAS, MUI POUCAS. Por isso, a falta de ver que pom o livro, eu proponho AS MINHAS VERDADES:

1. O galego nom está imposto: o problema é que nem está posto onde devera.
2. Quem fala galego normalmente sabe falar mais dumha língua, e os que só falam umha língua normalmente querem-lhe dar liçons aos que falam galego!.
3. Nom é de má educaçom falar galego, de má educaçom é pretender que che falem o que queres oír.
4. O bilingüismo o que agocha é a extinçom do galego porque o peixe grande sempre come ao pequeno (que manda truco: o peixe pequeno na Galiza é o galego!). Pero hai peixes pequenos que sobrevivem, verdade? Pois aprendamos!
5. Realmente a qüestom da língua é umha qüestom de orgulho, quem nom se orgulha dela nom a ama, e polo tanto nom a entende, nem sente necessidade dela.
6. O galego é um idioma internacional, fala-se na Galiza, em Portugal, no Brasil, na Angola, em Macau, no Timor,..., queredes que siga!!

Continua tu com as verdades! Vemo-nos para a presentaçom do 5 em Ribera, no Ateneu.

Barbança falou galego, e falou bem

O Barbança conserva a língua, é umha boa notícia. O passado 21 de janeiro moitos moços e moças de ensino meio estuverom em Compostela para manifestar o seu nom ao decreto. A manifestaçom foi massiva. Na nossa comarca o seguimento foi do 90%, pesse a que haja quem nom o queira reconhecer.

Realmente o futuro da nossa língua está na mocidade e vimos umha mocidade com as ideias mui claras sobre o quere. Galegofalantes e nom galegofalantes, tod@s estuverom em Compostela para defender o nosso, o mais nosso que existe: o idioma.

Mal caminho escolheu Núñez Feijoo ao ir contra a língua. E mal imos se som os nossos dirigentes os que nom tenhem claro cara onde tenhem que remar. Se calhar alguém deveria recodar-lhes que vivem num país chamado Galiza, que tem como língua o galego, que nom é língua imposta senom própria e que, por parte, está minorizada e perdendo falantes. @s moç@s acavam de fazê-lo, e eu dou-lhes a raçom!

(-e despois invocam a Castelao!)

Boiro tamém foi África

Boiro foi feito a présa, sabemo-lo tod@s. Desde hai anos esta vila tivo un crescimento acelerado. Nom hai moito só passava por Boiro "o Celta", para recolher á gente do mercado, aos que tinham que ir á Póvoa ao notário, ou a capitania , .. . e pouco mais. -Recordo esse Celta de olores, cheio até arriba, que transportava ao mesmo tempo nenos, avós, mercadorias e animais,..., non era moi distinto dos autocarros que agora vemos nos documentais de África. SI, BOIRO TAMÉM FOI ÁFRICA!

Isto cambiou porque o trabalho nas conservas e na construçom figerom crescer a vila. Hoje Boiro som ruas, som edificios, é rebulir de compras nos comércios...tém vida!, pero eu, que visito Boiro a miúdo, noto como se só fosse feito para almacenar gente e nom para as pessoas. Vejo umha vila inglesa da Revoluçom Industrial, negra do carbom e de céus escuros sem luz.

Pois eu nom quero um Boiro assim! Quero um Boiro no que se poida viver a gosto, pensado para as pessoas e nom para as máquinas. Livre de cheiros e de carros poluintes polas corredoiras. Aberto ao mar e á ria. Un lugar no que a cidadania ocupe mais espaço que as máquinas: un lugar para VIVIR!

-Quanto nos faltará ainda para isto?, será utopia?

Post. projecto de melhora de espaços públicos na Cachada: como me estás tardando!