SDR Rias Baixas

Mércores. Som as 11:30 da noite. Desde o bar no que estou vendo o partido vejo chegar um furgom vermelho, é o furgom do clube de remo (de Cabo da Cruz) que trae ás rapazas de adestrar. Venhem com ganhas, ainda, e nom se lhes nota o cansanço. Se lhes perguntas contestan-che rapidamente que venhem de Vigo, ao tempo que apuram o passo para chegar à casa, cear e deitar-se. Algumhas estudam, outras terám que madrugar para ir choiar, e outras...quem sabe das suas vidas.

Nunca entendi o remo como desporte, e é mais, nunca entendi que lhe vê umha mulher ao remo como desporte: adestras como um túzaro todo o ano para competir dous meses do verám. Mais parece um castigo que umha competición. Pero às rapazas do clube Rias Baixas nom lhes importa, disfrutam do que fam. Saem ao mar chova, vente ou faga calor, e ao dia seguinte volta a empeçar com a rotina. Som umhas campionas!

Pois agora mesmo andam com dificuldades, que o vim eu na prensa. Resulta que nom podem competir em igualdade de condiçons que o resto dos clubes porque mentres as vascas vám em bólidos as nossas remam em carruagens do século passado. Bem, já nom competiam antes porque a trainheira que tenhem é prestada, o furgom deixam-lho, os remos estám mirando de os alugar de fibra porque pesam menos, e o orçamento que manejam, que nom chega para todo, escasamente cubre os gastos das competiçons. É isso que som as campionas da Kontxa e de todo ao que se presentam!

Muito ánimo às nossas remeiras, às de Boiro, às de Cangas e às de Vigo, que em Rias Baixas formam a melhor trainheira de todo o estado!

Com esta tripulaçom tamém me metia eu ao mar!